O dilema moral de um médico.
Em uma diminuta coletividade enclausurada, onde os laços comunitários se entrelaçam com vigorosa intimidade, o médico, Dr. Josef, defronta-se com um dilema que o consome em profunda agonia. Diante de si, dois pacientes: um adolescente repleto de vigor e aspirações, padecendo de um mal letal somente sanável por um transplante; e um ancião em estágio terminal, desprovido de vínculos familiares, cujo órgão poderia restituir a esperança de vida ao jovem. Formado sob os preceitos do juramento hipocrático, o Dr. Josef sempre norteou sua prática pela premissa de não infligir dano. Contudo, o imbróglio atual o coloca em um verdadeiro impasse ético. Se, por um vértice, o utilitarismo propõe a otimização do bem-estar para a coletividade, salvaguardando o jovem, pelo outro, a deontologia enfatiza a sacralidade da vida de cada ente, independentemente de suas circunstâncias. A resolução deste cenário transcende a esfera técnica, imergindo em complexas camadas emocionais e psicológicas. Dr